terça-feira, 7 de julho de 2009

POR UM LINDÉSIMO DE SEGUNDO

Transar bem todas as ondas
a Papai do Céu pertence,
fazer as luas redondas
ou me nascer paranaense.
A nós, gente, só foi dada
essa maldita capacidade,
transformar amor em nada.



Leminski.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

B U R R O S

Sabe o que o STF pretendia ao extinguir a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão? Fazer graça. Sim, porque em países como os EUA, ou grande parte de países europeus, o diploma não é obrigatório. O ministro queria igualar-se a esses países de primeiro mundo e mostrar-se bom o bastante ao tomar uma decisão como essa, sem antes estudar o caso a fundo. O Brasil NÃO TEM UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE. Por que esse babaca não se preocupa em melhorar o ensino básico das escolas públicas ao invés de desencorajar jovens que buscam um ensino superior?

Primeiramente, quero deixar claro que concordo plenamente com a opinião de alguns ao dizer que o diploma não é o mais importante nessa profissão, até porque MUITA gente tem o dobro de capacidade de praticar o jornalismo que muitos diplomados por aí. Agora, me digam, em qual profissão, atualmente, isso não acontece? Nós, estudantes, fazemos um drama nos referindo à dificuldade de uma faculdade, mas isso é tudo balela. Terminar um curso universitário não é difícil. Repito: NÃO É DIFÍCIL. Difícil é pagar, difícil é conciliar, ter paciência e perseverança. O estudo, em si, muitas vezes é complicado, mas não é impossível para ninguém, desde que esse alguém goste e se esforce no que faz. Chega a ser até prazeroso!

O que acontece é que, em todos os países onde o diploma de jornalismo não é obrigatório, existe um conselho ou alguma maneira de selecionar quem pode e quem não pode gerar conteúdo para os veículos de comunicação. E no Brasil, alguém acha que isso vai acontecer? É óbvio que não.

Tá lá a Fátima Bernardes comunicando no Jornal Nacional que a Globo vai continuar buscando profissionais formados. Vai é o caralho! Ou alguém acredita que não será muito mais fácil pagar uma mixaria para pessoas que simplesmente têm o hábito de escrever e o fazem muito bem (o que não é difícil), mas que não possuem o diploma? Os diplomados têm um teto salarial, os não diplomados aceitam o que vier. Profissionais competentes no mundo, tem de sobra! Não tiro o mérito deles de maneira alguma, mas como ficam aqueles que só se dispuseram a passar quatro anos numa Universidade por buscarem uma melhor colocação no mercado? Eu amo a prática do jornalismo, mas sinceramente, não perderia quatro anos da minha vida cursando algo que não é obrigatório para que eu possa praticar.

Ter um diploma é importante? É óbvio que sim. Mas eu tenho muitas outras opções de cursos onde algum valor é dado para o que seria a minha futura profissão, não banalizando e deixando aqueles que estudaram e se esforçaram tanto, serem comparados a qualquer um que queira divulgar uma informação.

Usar o termo "liberdade de expressão" para essa decisão é de uma ignorância tão grande, que mostra ainda mais como os excelentíssimos magistrados desse país estão cada vez mais despreparados para julgar.

Nesse caso, quero contratar um advogado que não tenha diploma, mas que saiba o que é e o que não é necessário para me defender. Em nome do direito à minha liberdade de escolha.



Ma Prem Padmini.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Você.

- Me sinto tão triste...


- Quem é você?


- Eu sou o João.


- Mas que resposta superficial! João é o nome que lhe deram ao nascer, mas caso não tivessem lhe dado um nome, então você deixaria de existir?


- É claro que não.


- Então vamos tentar novamente. Quem é você?


- Eu sou isso que você e eu estamos vendo, esse corpo.


- Mas se esse corpo é seu, então você é algo que possui a ele. O seu corpo é SEU e não VOCÊ.


- Realmente...


- Então, pelo amor de Deus, me diga quem é você.


- Eu sou a minha mente, então. Aquilo que pensa.


- Como você pode ser a sua mente se ela é SUA? Ela pensa, claro, mas VOCÊ, não.


- Nossa, que loucura!


- Sim, parece loucura, mas você ainda não me respondeu quem é você.


- Eu sou algo que está dentro do corpo.


- Dentro do corpo? Como você pode ser dono do corpo e estar dentro dele ao mesmo tempo? Se você estivesse dentro do corpo, ele é quem seria o seu dono.


- Então eu estou fora do corpo?


- Sim, é óbvio, não é?


- Não era até esse exato momento.


- Esqueça-se do que não era e concentre-se no agora.


- Sim.


- Você sabe que não é o João, nem esse corpo e nem essa mente. Logo, não pode ser essa personalidade que lhe foi ensinada com o tempo, porque essa personalidade é da mente. Se ninguém tivesse ensinado a ela todas essas definições, você deixaria de ser?


- Não.


- Pois é, então agora me diga quem é você.


- Eu sou aquele que possui um nome, um corpo e uma mente.


- Aquele? Aquele o quê?


- Aquele que pode ver que eu tenho isso tudo.


- Aquilo que vê. Hum... Um observador?


- Isso, eu sou o observador.


- Portanto, as coisas que acontecem na sua vida não podem ser sentidas por você?


- É claro que podem! Eu me entristeço, me alegro, sinto fome, sinto frio...


- Ou seja, você acha que o seu corpo não serve para nada? Porque não é ele que te avisa quando está com fome, frio, triste, feliz...


- Não, quero dizer... Sim! É ele quem me avisa.


- Então é ele quem sente e não você.


- ... é...


- Me diga agora quem é que está triste.


- Qualquer coisa, menos eu.




Ma Prem Padmini

sábado, 30 de maio de 2009

Uma busca sem fim...

E quando você passa a não mais pensar no futuro, todas as suas preocupações são deixadas de lado. Não há mais nenhum problema, porque é só o AGORA que interessa. E quando eu digo agora, não estou me referindo ao presente, porque você transforma o presente em algo muito longo... O AGORA está somente nesse exato momento, esteja você fazendo ou pensando o que quer que seja.

Percebe como deixamos de viver as nossas vidas por estarmos muito preocupados com o que está por vir ou com o que deixamos passar? Isso não é teoria, preste atenção! Você poderia estar feliz agora pelo simples fato de existir, mas não. A preocupação está nas contas a pagar AMANHÃ, as provas a fazer AMANHÃ, a viagem do final de semana, o show do final do mês, a formatura do final do ano, as férias... Quando é que você vai ser feliz?

Se continuar a buscar felicidade nas coisas externas, eu te garanto que nunca vai encontrar! Felicidade não é ter o grande amor da sua vida, nem ter muito dinheiro e muito menos ser magro. Felicidade não é algo que você conquista e termina a busca. Mesmo os mais ricos e que vivem ao lado do grande amor de suas vidas, esperam por mais. Conheço pessoas pobres, que não têm um grande amor, e anda feliz da vida por aí... E eu tenho certeza que você também conhece.

Ou você ainda acredita que é você quem decide o que vai ou não acontecer na sua vida? Estamos cansados de saber que, absolutamente, NÃO SOMOS NÓS quem decidimos o nosso futuro. Podemos até fazer planos, seguir as ordens à risca, fazer tudo direitinho, que se for pra dar tudo errado, vai dar tudo errado e você vai chorar dizendo "Oh meu Deus, o que eu fiz pra merecer isso?". Sinceramente, se eu fosse Deus, morreria de rir.





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sábado, 2 de maio de 2009

Ame.

O amor.
Aquele que a gente sente que vem lá do fundo da alma e que não pede esforço, nem espaço e muito menos qualquer tipo de desgaste. Existe.
É certo que demanda dedicação e muito cuidado, zelo e atenção. É preciso limpar e lustrar a cada novo dia para que esteja sempre limpinho e renovado. Além disso, todos os dias, deve-se jogar fora tudo o que foi acumulado ontem, coisas boas e coisas ruins. O amor não precisa delas. Ele precisa nascer de novo a cada amanhecer, sem passado, sem futuro, AGORA.






Ma Prem Padmini

domingo, 5 de abril de 2009

Pílula ou injeção anticoncepcional?
Avaliação médica é fundamental para a escolha

Milena Lima Ribeiro

Atualmente, os métodos anticoncepcionais abrangem um variado leque de alternativas: algumas muito seguras outras com menor intensidade de proteção, mas todas com alguma desvantagem. Destinados principalmente para evitar a gravidez, também podem ser recomendados em casos de endometriose, ovários policísticos, tensão pré-menstrual e cólica menstrual. O uso de pílulas anticoncepcionais atinge hoje o maior número de usos no mundo. São consideradas um método contraceptivo muito eficaz e o mais efetivo deles dentre as medidas medicamentosas.

Existe também o método de injeção anticoncepcional. São intramusculares, tomadas a cada um ou três meses - dependendo do tipo da injeção - e utilizadas naquelas pacientes que não conseguem se lembrar de usar a pílula diariamente ou têm intolerância gastrointestinal aos hormônios. Sua composição faz com que a mulher não ovule e, dessa forma, impede a gravidez. As vantagens e desvantagens desse são as mesmas da pílula anticoncepcional. Já para os trimestrais existe a vantagem de ser aplicada a cada três meses, mas há possibilidade de provocar ausência de menstruação e a fertilidade demorar um pouco para voltar. Além disso, em certas mulheres, pode ocorrer o aumento de apetite ou retenção de líquido que pode causar aumento de peso, assim como no uso da pílula.

Até o momento, foram poucos os estudos que avaliaram as taxas de descontinuação entre usuárias de anticoncepcionais injetáveis mensais. Estudo desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) obteve uma taxa de descontinuação ocorrida após uma média de 12 meses de uso, causada principalmente por alterações do ciclo menstrual ou pela ausência de menstruação.

Para Nicoli Briganti, 21, o uso da injeção nunca trouxe nenhum problema. “Muito pelo contrário, meu corpo se adaptou perfeitamente”, afirma. Nicoli usa o método há três anos e, a princípio, tomou essa decisão somente pelo fato de poder usar sem que a mãe soubesse. Na época, consultou somente uma ginecologista do convênio de onde trabalhava e diz que não foi realizado nenhum exame para saber se ela realmente podia usar esse tipo de método. Em um segundo momento, consultou um médico conhecido da família, que realizou diversos exames e constatou que ela possuía uma predisposição que faz com que ela só possa usar os métodos de injeção ou adesivo. “Eu tenho uma coagulação muito alta e isso me predispõe à trombose. Então, a injeção e o adesivo são os únicos que têm um tipo de difusão no corpo que não colabora para piorar esse cenário”, conta.

Segundo dados da OMS divulgados no site da organização, pacientes que fumam, têm pressão alta, amamentam um bebê com menos de seis meses, sofrem de problemas sérios no coração ou circulação, câncer de mama, cirrose hepática grave, hepatite aguda ou tumor no fígado não devem tomar esse tipo de injeção.

É de vital importância que a mulher consulte um médico de confiança antes de iniciar o uso de qualquer contraceptivo. Essa orientação deve abranger informações acuradas sobre todos os métodos anticoncepcionais disponíveis, vantagens, desvantagens e predisposições de cada paciente. Uma orientação adequada permite a tomada de decisão baseada em informações corretas que podem evitar um problema sério futuramente.



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