Desde que me mudei não só de cidade, mas também de vida (hehe), tenho passado por incontáveis crises de existência regadas a mais ou menos uns sete litros de lágrimas cada uma delas!
Exageros a parte, foi difícil me acostumar à vida solitária de uma estudante 'perdida' em Campinas, agora com grandes responsabilidades as quais eu nunca havia me importado até então. Tenho estado mais sensível e um tanto quanto mais chorona.
Foi em meio a esse "chororô" que eu, em busca de calma e apoio, iniciei a leitura do livro
A Semente de Mostarda do mestre indiano
Osho, por quem eu tenho grande afeição. No início, eu pegava o livro para ler somente quando começava mais um dos meus 'ataques'...Mal começava a ler, e tudo se tornava lindo, a força e a coragem pra continuar brotavam como mágica e lá estava eu, pronta para continuar, firme e forte como ninguém!
Ao terminar esse livro, dei início à leitura de
O Segredo, que se não fosse recomendado pela minha mãe-mestra, eu não teria dado valor. Acreditava que era algo como auto-ajuda e eu, geralmente, recuso-me a ler esses livros, talvez por um certo preconceito adquirido na minha fase "eu sou fodona, não preciso disso". Como eu já havia experimentado com o livro anterior, pude encontrar outro 'companheiro' ali naquela leitura. Eu era a pessoa mais feliz do mundo quando lia, ao menos, 5 parágrafos do livro!
Na minha cabeça, isso acontecia porque os livros com os quais eu presenciei tal fato, eram justamente para um crescimento intelectual/espiritual. Foi somente nestas férias que eu pude comprovar que não. Numa destas últimas noites, lá estava eu em mais uma das minhas crises, chorando horrores e
acreditando que eu, e somente eu, teria sido a escolhida para o sofrimento! Tuuuuudo na minha vida era uma merda, os meus sonhos seeeeeempre se desfaziam por erro meu e eu era uma pobre coitada que as pessoas só acompanhavam, pois sentiam dó (sim, são essas as minhas crises! hahahaha).
Sem conseguir dormir com aquela dor terrível no peito, o travesseiro molhado e os pensamentos mais 'mal-amados' na cabeça, vi ali do meu lado o livro
Marley e eu, o qual eu havia emprestado de uma amiga e ainda não tinha começado a ler. Sem outra solução, comecei, ali mesmo e naquelas condições, a leitura. Já dá pra imaginar o que aconteceu, né? Lá estava eu sorrindo outra vez, vendo o mundo com outros olhos, sentindo-me a pessoa mais forte, querida, amada e merecedora! Ahá!
Tornou-se óbvio o que eu jamais havia percebido. Toda e qualquer leitura que eu aprecio, mesmo que esta não tenha nada construtivo ou filosófico, faz-me bem! Eu, que já estava desesperada a procura de outro livro daquele 'tipo' pra minha volta às aulas, tive certeza de que não precisaria mais, caso não estivesse interessada no momento. Caramba! Eu sempre soube que os livros fazem um bem danado a qualquer pessoa, mas nunca pensei no quanto isso é importante. Eu ali, precisando de ajuda, e um simples livro sobre um cachorro bagunceiro e sua família engraçada me fizeram ser outra pessoa!
Parece inacreditável para os que nunca repararam - eu mesma acharia isso uma tolice superexagerada até que vivesse na pele -, mas é a mais pura verdade. Interessante que eu também pude comprovar a minha tese de que os livros de auto-ajuda são desnecessários para o mundo e que acabam só fazendo bem, pelo fato da nossa mente acreditar nisso. Ou seja, acredite que ler "ABC do Sucesso" lhe fará bem, e realmente fará. Assim como se você acreditar que a leitura de "A História Revelada do Bispo Edir Macedo" tornar-lo-á uma outra pessoa, é isso o que vai acontecer.
Experimente! Leia mais. Deixe-se envolver pela leitura de um livro qualquer, não só quando tiver a intenção de ficar bem consigo mesmo, mas em toda e qualquer hora da sua vida. Eu tenho certeza que ao menos uma coisinha positiva você terá em troca disso.